terça-feira, 26 de junho de 2012

UMC – PÓS-GRADUAÇÃO, DISCIPLINA: APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR.


 APRENDIZAGEM  E AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR.

"Resenha Crítica".

O autor Cipriano Carlos Luckesi mostra problemas relacionados com a questão de como avaliar, tendo como base dados de repetência, evasão e analfabetismo. O texto do livro mostra falas que demonstram a falta de compromisso real com a aprendizagem, consequências da falta de atenção do sistema com os resultados de aprendizado dos alunos. Expõe a necessidade da capacitação profissional dos docentes e a falta de investimento das autoridades das esferas: federal, estadual e municipal. Também comenta que essa sociedade não investe o suficiente no educando, sobretudo nos que pertencem as camadas sociais mais baixas e alerta que as maiorias populacionais não estão efetivamente cobrando das autoridades à formação do cidadão crítico e da cidadania e não leva em conta o aprendizado individual e coletivo dos alunos. Demonstra o autor quatro elementos fundamentais a serem levados em conta no processo ensino/aprendizagem e os recursos metodológicos decorrentes do processo de assimilação ativa. O mesmo cita os quatro elementos: assimilação receptiva, exercitação de conhecimentos, metodologias, visões de mundo e aplicação dos conhecimentos, observação da inventividade. Existe a necessidade de aproximação do educando aos conteúdos socioculturais. Historicamente o Brasil preparava pobres para mão de obra em Liceus e escolas técnicas e a elite mais rica e privilegiada ocupava melhores cargos, salários e posições sociais de destaque. Hoje, como docentes conscientes dessa realidade ainda presente de forma sutil na nossa sociedade, deveram considerar as qualidades individuais dos alunos e reforçar o ensino onde houver falhas, procurar melhorias e bons resultados de forma a contextualizar os assuntos ao máximo para que exista clareza de ideias no diálogo professor, aluno, e, portanto a conversa produtiva e o entendimento do ambiente que se trabalha são pontos chave para a compreensão que tanto buscamos no ambiente escolar de hoje. O texto procura trazer respostas a perguntas como: o que significa o desenvolvimento do educando? Onde o entendemos como desenvolvimento das diversas facetas do ser humano. Acreditamos na questão da avaliação escolar como ampla e complexa e não há ainda critérios bem definidos sobre como avaliar e tão apenas instrumentos e formas de utilização dos mesmos. Não existe receita pronta para avaliar, pois se trata de algo tão complexo e muito particular de cada aluno presente na escola. Cabe ao professor como mediador ter conceitos suficientes para criar um sistema de avaliação adequado à clientela e analisar seu ambiente interno e externo a escola para desenvolvimento do seu plano de metas. Compreendemos como significativo que o próprio sistema deveria dar esses subsídios e instrumentos criteriosamente discutidos e investigados não de forma global, sendo a necessidade atual mais local que global, sobre as deficiências e necessidades de cada escola e, sobretudo a realidade do seu entorno, deficiências reais dos alunos que deveriam ser individualmente acompanhados desde os ciclos iniciais do ensino básico e posterior ao ensino médio, continuadamente no currículo estudantil, observando-se atentamente as deficiências de aprendizado e mais que isso, corrigindo e adaptando as qualidades observadas nas disciplinas de melhor desempenho. Atualmente é desafiador ter critérios bem claros sobre como avaliar, apenas usando os instrumentos conhecidos e estudados, sem ter os critérios bem definidos e conhecimentos além do âmbito escolar presentes na realidade do aluno. Tal entendimento é de muita relevância considerando o ato de aprender como contínuo em todos os locais e ambientes e também na sua vida em comunidade considerando a existência dos diversos aprendizados além do aprendido em sala de aula, cabe ao tutor observar para aplicar métodos nesse complexo e emaranhado de questões.  Importante à clareza de quais itens devem ser avaliados individual e coletivamente, que sejam coerentes e condizentes com as avaliações internas e externas da escola, sem cometer injustiças quanto ao aprendizado real dos alunos e suas potencialidades, visto que o que se passa em uma sala de aula ultrapassa em muito aquilo que se ensina, e vai além dos portões da escola, acompanha o aluno na sua trajetória de cada dia, formulando internamente muitos conceitos e aprendizados que o perseguirão por toda vida.